Jogos 29 e 30 de Novembro

29 Novembro - Sub 18 Mas: Academia de Basquetebol - SC Marinhense 14:30 / Sub 16 Fem: Academia Becoimbra - BC Cantanhede 16:3030 Novembro - Sub 14 Masc Sampaense - Academia de Basquetebol 11:00 / Sub 12 Fem e Mas Academia de Basquetebol - Olivais Coimbra 16:30 / Sub 16 Masc Sampaense - Academia de Basquetebol 16:00

quarta-feira, 13 de abril de 2011

PENSAR E INTERVIR COMO UM TREINADOR - Texto de Jorge Aráujo



Ser Treinador, constitui um enorme desafio e responsabilidade. E pensar e intervir como um treinador é algo muito complexo. Não só porque envolve seres humanos mas, principalmente, porque estes, apesar de nascerem motivados e motiváveis, exigem sempre um enorme grau de atenção e acompanhamento.Gerir, Liderar e Motivar jogadores,é um processo educativo e formativo em evolução, dinâmico e circunstancial, que requer constantes mudanças e adaptações, consoante os contextos em que os jogadores e as equipas se inserem.O treinador, tem de possuir por isso um profundo autoconhecimento e conviver, de forma eficaz, com as próprias emoções, potenciando, em simultâneo, as emoções daqueles que estão sob a sua responsabilidade. Tem de se conhecer bem a si próprio e observar com atenção as atitudes e comportamentos de todos os que consigo colaboram. Requer capacidades acima da média a nível das relações interpessoais (individuais e colectivas), de forma a conseguir que os jogadores que dirige se empenhem, sejam eficazes e trabalhem em equipa. Tem de estar, sempre, a investir muito de si próprio na melhoria das suas competências e daqueles que dirige, preocupando-se com a necessidade de deixar atrás de si uma herança de jogadores e equipas melhores do que no momento em que iniciaram a respectiva relação.Para alcançar o empenho e entusiasmo dos jogadores, precisa saber qual é o seu impacto comunicacional e se possui um grau de influência suficiente em todos eles. Se não é capaz de se gerir a si mesmo, dificilmente o conseguirá relativamente aos jogadores. Tem, por isso, de aprender a fazer, fazendo, ganhando gradualmente a experiência que lhe é exigida. Aprendendo com os erros e reflectindo sobre eles. Compreendendo, em cada momento, o que aconteceu e porquê, melhorando sempre.Deve ser autocrítico, solicitando constante feedback e coaching, sabendo que lhe é imprescindível possuir um “coach do coach” a quem reconheça a autoridade necessária para, em conjunto, procederem a uma constante reflexão acerca do que faz. Identificando pontos fortes e fracos, gerindo as suas expectativas e as dos outros, comparando o que julga que é e o que pretende ser.A inteligência emocional (do treinador e dos jogadores) apresenta-se hoje com uma importância decisiva. Através dela, o treinador expressa as suas emoções e sentimentos de forma honesta e frontal, sem agressividades desnecessárias e nunca desrespeitando as emoções e os sentimentos dos jogadores. Sendo assertivo quanto baste, dizendo o que tem de ser dito, quando tem de ser dito, indo direito aos assuntos e mostrando uma constante preocupação com aqueles para quem trabalha. Observando os factos que posteriormente fundamentam as suas opiniões, usando perguntas abertas, ouvindo para que os outros falem e falando para que os outros ouçam. Colocando-se sempre que necessário no lugar dos outros e revelando paciência quanto baste.Ao treinador cumpre inspirar e influenciar os jogadores. Mas, consoante algumas conclusões retiradas de estudos recentes nesta área, cerca de 80% dessa influência, decorre do carácter que revela, dos valores que defende e do exemplo e referência que constitui. Só 20% têm a ver com as competências técnicas que possui…O sentido que atribui às suas atitudes e comportamentos e os objectivos que persegue na vida, têm uma influência decisiva naqueles que dirige. Deve por isso definir bem os objectivos que pretende atingir e envolver previamente os jogadores da sua equipa nessa definição.Também esclarecer e apontar a sua visão e estratégia para o futuro e comunicá-las com eficácia. Conclusão, não é nada fácil ser treinador.E, por isso mesmo, só alguns conseguem, de facto, emergir da mediania. Não só por via dos resultados que alcançam, mas, principalmente, pela respectiva consistência desses resultados ao longo dos tempos e pelo rasto que deixam atrás de si de melhores jogadores e equipas.

Texto escrito por Jorge Araújo, ex-treinador de basquetebol, hoje empresário na área da consultoria comportamental, através da Team Work Consultores (jaraujo@teamworkconsultores.pt )

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